Dissolução
Inexisto e insisto
Na sombra da árvore
Perante o inoportuno
Uma nulidade aérea
Beija a areia no chão
E os grãos desfiam-se, multiplicam-se
Deslizam pelo vento
Ecos que imitam catarses
Pelo tempo
Pelo tempo
No vento o chão implora
Por mais afetividade
Mas os grãos desintegram-se
Desfiam-se,
Desaparecem
Misturam-se com a paisagem
Caem sobre nós sem sabermos
A dissolução emerge desamparada
E o cântico final é silenciado.
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