domingo, novembro 20, 2011


É normal sentir

É normal o não esquecer e ver ainda a tua cara nos muros e nos vidros

É normal trazer-te em mente para os lugares onde sou inteiramente feliz

É normal imaginar conversas contigo em ausência.

É difícil não sentir a loucura perto, na sombra.

No entanto, não me peças para cortar uma perna, não consigo.


domingo, novembro 13, 2011


Se pudesse dizer que acabou

Se pudesse dizer que já findou aquela neblina que não me permitia ver o chão, diria também que nunca te vi na realidade.

Os passos não têm sentido. Os carros dirigem-se a lugar nenhum. Devagar, devagarinho. A destruição. Não há jantar, não há almoço, não há sono, não há abraço. Se algum embate me levar, hei-de ir calmamente.

E pensar como foi possível o enlear na teia de aranha...

Podem existir talvez outros corpos envoltos em xadrez, pode ser a solução. Mas sem sentido. Podem haver outras mentes interligadas. Mas sem sentido algum.