O teu grito amordaçado
Das flechas atiradas ao vazio
Depreende das minhas línguas
O teu sorriso
Elevador para o tecto, para o céu
para o abismo
Contempla a tua própria tristeza
Dobrada no chão
Viver é perder, viver é perder
É não lembrar o que se perdeu
Para não se enlouquecer
Viver é rir para esquecer o choro
Somos o que fica do que restou
E não é muito,
Não é muito.