quarta-feira, julho 28, 2010

c)

Os outros braços, os outros lábios
Ansiedade dentro de cálculo imediato
Talvez de olhos fechados consiga sentir o perfume inebriante
Do mistério condenado e ainda assim intenso
...
E regressa a embriaguez natural
Voluntariamente perdida num labirinto de espasmos absurdos
Sem forças para isolar o movimento
Rodeada de consciência gritante
E inútil

Mas todos sabemos que
Atrás da porta nada mais haverá que plantas caídas

quarta-feira, julho 14, 2010

b)

Sem ter letras para encher o papel, imagino o cultivo inexorável das obras imemoráveis. Até que um sussurro me enche o peito de nada
O vazio O branco O nulo

Se é só o que a vida nos traz, então seja isso que nos envolva agora o pensamento. Que nos curva a postura em vénia.
O inócuo O indolor.

O ar que respiramos, a água que bebemos. O que se chama também vulgarmente de sentimento. O nada. Aquilo que não se vê.
É tudo afinal.