A névoa (17-04-2009)
Málgama caminhava sobretudo por Sintra, por entre as ruas fantasmagóricas e por entre auras de duendes e espadas envolvidas em romances escondidos. Entre aqueles dias, nada mais existia sem ser a totalidade do ser preenchida, com o espírito sentido de mistérios reflectidos nas águas do lago.
Não haviam horários nem predeterminações, nem horas. Horas de regras... horas de obrigações... de realidades desvigorantes.
Málgama apercebeu-se, um dia, de que já não era a mesma pessoa que viajava antes sem rumo por Sintra, mergulhada nos livros e nos aromas de jardim, místicos. Porque agora, mesmo para respirar, tinha o tempo contado ao minuto.
Entristecia-se então por ter perdido esses tempos de liberdade, em que não haviam prazos exagerados, nem exigências desmesurados, por entre filosofias e teorias utópicas, sem responsabilidades acrescidas.
Os seus lábios já não ardiam na expectativa daquele beijo implosivo. Até que Málgama começou a sentir-se atraída por outros que cruzavam o seu quotidiano. E a sentir-se apaixonada por cada toque leve que algum lhe atribuia.
Noutros dias, voltava de repente a sentir a mesma volúpia e a mesma intensidade de antes, o que a envolvia cada vez mais na confusão interna.
Málgama compreendeu que aquela solidão sentida tinha por base o facto de que a paixão de outrora fora construída em determinadas circunstâncias e conjunturas e que, uma vez perdidos esses mesmos contextos, também assim sucederia com a própria paixão.
Sendo nós pessoas diferentes, necessariamente sentiremos paixões diferentes. Ou então que o amor se modifique connosco, tentando apanhar-nos, se conseguir...
Entristecia-se então por ter perdido esses tempos de liberdade, em que não haviam prazos exagerados, nem exigências desmesurados, por entre filosofias e teorias utópicas, sem responsabilidades acrescidas.
Os seus lábios já não ardiam na expectativa daquele beijo implosivo. Até que Málgama começou a sentir-se atraída por outros que cruzavam o seu quotidiano. E a sentir-se apaixonada por cada toque leve que algum lhe atribuia.
Noutros dias, voltava de repente a sentir a mesma volúpia e a mesma intensidade de antes, o que a envolvia cada vez mais na confusão interna.
Málgama compreendeu que aquela solidão sentida tinha por base o facto de que a paixão de outrora fora construída em determinadas circunstâncias e conjunturas e que, uma vez perdidos esses mesmos contextos, também assim sucederia com a própria paixão.
Sendo nós pessoas diferentes, necessariamente sentiremos paixões diferentes. Ou então que o amor se modifique connosco, tentando apanhar-nos, se conseguir...
Sem comentários:
Enviar um comentário