Abre-se o túmulo e desce alguma da minha carne
Depois fazem subir-se também alguns ossos meus
Num lençol branco, já não merecem urna
São o derradeiro significado do Nada e
Ao baterem na urna emitem um estranho som rígido
e oco
E desvanece-se também algum do meu sorriso
E convidam-se algumas das minhas lágrimas despudoradas
Fecha-se o sol duas vezes e colocam-se chocolates sobre a mesa
Fixos os olhares no chão
Contemplo a pobreza. Hoje durmo ao relento.
Ainda que houvessem mil casinos e hotéis em meu poder, hoje seria apenas mais um sem abrigo
sábado, dezembro 29, 2007
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